Hoje apetece-me falar de cabelo! Mais concretamente do cabelo crespo. Tem-se falado muito sobre o "movimento" naturalista, salvo erro iniciado pelas negras americanas, que surgiu aquando da aceitação do seu cabelo natural e simultaneamente das suas identidades como mulheres africanas.
Recentemente, em conversa com amigas recordamos e partilhamos as nossas aventuras capilares enquanto meninas crespas - embora tenhamos todas tipos de cabelos diferentes.
Não compreendo quando certas pessoas utilizam o termo "assumir o afro" o quando fazem afirmações como " assumir o cabelo acaba por identificar a minha identidade.” Para mim a textura do cabelo não dita quem a pessoa é ou a torna menos ou mais africana (o).
Vivendo na Europa, obviamente que já sofri bullying capilar hahahahah creio que todos nós já passamos por essa fase, até porque os padrões de beleza africana não se encaixam nos padrões de beleza dos restantes países o nosso globo... e infelizmente o ser humano tende a estranhar o que é diferente. Mas isso nunca me fez pôr em causa o "ser africana" ou não. Eu não preciso de vestir os trajes que os meus antepassados usados para saber de onde venho, não preciso de cortar o cabelo ou usá-lo natural para me sentir finalmente uma mulher africana...
Cada mulher crespa deve usar o seu cabelo do modo como bem entender e a sua vida possibilitar. Porque sejamos sinceras, cuidar do nosso cabelo dá trabalho. O cabelo crespo é muito frágil e requer muitos cuidados que nem sempre nós temos tempo ou paciência para levar a cabo.
Eu usei o meu cabelo natural até aos 19 anos. Como a minha mãe tem um tipo de cabelo diferente do meu ela não sabia trançar ou cuidar do meu cabelo, a solução dela era fazer-me uns puchinhos e já estava. Aos 13 comecei a trançar-me a mim mesma, e aos 19 relaxei pela 1ª vez.
Não porque queria ter o cabelo liso mas porque simplesmente dava-me menos trabalho, porque eu tenho um cabelo muito cheio... Uma vez uma cabeleireira disse que o meu cabelo dava para encher 4 cabeças hahahah.
Não tenho por hábito fazer um texlax sempre porque tenho o couro cabeludo sensível mas quando vejo que já me começa a cansar pentear o meu cabelo faço-o. Mas sempre tendo o cuidado de manter o volume.
Por isso meninas, se quiserem cortar o cabelo e deixa-lo natural, façam-no. Se quiserem fazer uma escova, desfrisar, façam-no. O importante é que se sintam bem convosco próprias e não irem atrás de modas.
Porque como dizem: " cabelo cresce, curto comprido, tratado quimicamente ou natural, o importante é que não se esqueçam de cuidar sempre muito bem dele".
E vocês, como é que usam o vosso cabelo?
Adorei seu texto! Desde os 11 anos de idade eu relaxava o cabelo... aos 20 eu passei pra transição capilar, mas não fiquei satisfeita. Precisava de muito trabalho pra conseguir domar os meus cabelos depois que cresceram sem química, e fiquei com a auto-estima lá em baixo... Por isso decidi voltar pra química, mas sendo mais criteriosa com os produtos, cuidando e hidratando bem. eu não tenho problema com meus cachos, mas eu prefiro eles lisos pra facilitar minha vida. Muito obrigada! beijos
ResponderEliminarOi linda! Fico feliz por ouvir isso! Eu acho que mais do que haver essa separação entre crespas naturais e alisadas o mais importante seria focar no cuidado do cabelo afro! Acho que fizeste muito bem, independentemente do que digam o importante é sentires-te bem contigo própria, o resto é conversa! Obrigada eu! Beijo 😘
Eliminar